sexta-feira, 14 de maio de 2010

Review da pré-temporada (parte 3)

No último post foram citados Atlanta Dream, Chicago Sky e Connecticut Sun. Mais nove times ainda fazem parte da lista de franquias que competirão da nova temporada da WNBA que começa amanhã.

O próximo da lista a ser revisado é o Indiana Fever:
O Indiana Fever teve uma temporada espetacular ano passado. Perdeu o título para o Mighty Mercury, mas não deixou a desejar. E para tentar ir um passo mais longe na temporada não houveram grandes mudanças no elenco. O time vice-campeão continua presente: Tamika Catchings, Katie Douglas, Tully Bevilaqua, Jessica Davenport, Ebony Hoffman, Briann January, Jessica Moore, Eshaya Murphy e a canadende Tammy Sutton-Brown. As novidades são a novata Jene Morris e Allie Quigley (ex-Phoenix Mercury).

Não são muitos os ajustes que Lin Dunn precisará fazer para não morrer na praia nessa temporada. Os fundamentos individuais das principais jogadoras precisam ser aperfeiçoados, como os arremessos de três pontos de Katie Douglas. O time precisa estar pronto para enfrentar uma conferência leste diferente daquela do ano passado.


Los Angeles Sparks:
Ah, o Los Angeles Sparks. Certa conhecida americana certa vez fez um comentário em relação a Marta, estrela do futebol feminino e quatro vezes melhor do mundo de acordo com a FIFA (sim, sempre me orgulho ao dizer isso): "Não é que eu não gosto do time, é que os melhores jogadores sempre vão para times de Los Angeles e eu fico muito brava com isso" (na época Marta jogava pelo Los Angeles na WPS).
Sim, isso é mais do que fato comprovado. Kobe Bryant (Los Angeles Lakers), David Beckham (Los Angeles Galaxy), Marta (Los Angeles Sol (agora extinto), Lisa Leslie, Candace Parker, Tina Thompson, Tina Penicheiro... dispensam comentários. Sem contar com Betty Lennox, Marie Ferdinand-Harris, DeLisa Milton-Jones, Shannon Bobbit, Noelle Quinn e a novata Bianca Thomas, única novidade junto de Ticha Penicheiro. E claro, não esqueci que Lisa Leslie se aposentou!

Apesar de ter passado metade da temporada passada sem Candace Parker ainda conseguiu chegar a final da conferência Oeste dando trabalho para o Phoenix Mercury. Jennifer Gillom agora conta a líder em assistências da Liga, Ticha Penicheiro, vinda do falido Sacramento Monarchs, para incrementar o time. Além das assistências, Ticha Penicheiro também poderá ajudar bastante com os tiros de três pontos, e claro, sua vasta experiência na liga.

Para ser bem honesta, um elenco com Candace Parker, DeLisha Milton-Jones e Tina Thompson dispensa comentários. A golden girl do basquete tem o time nas mãos e ainda conta com ajuda de campeãs tanto da Liga (Penicheiro e Lennox) quanto olímpicas.

Candace Parker entra renovada e com fome de campeonato em 2010. Além dos títulos universitários e olímpico corre em busca do seu primeiro na WNBA. A única dificuldade do time é a conferência na qual se encontra (e sobre qual dissertarei em um futuro post).


Minnsota Lynx:
Realmente é difícil para um time desfalcado sobreviver no Wild Wild West. Infelizmente, a habilidosa Seimone Augustus sofreu uma contusão logo no começo da temporada de 2009 e ficou de molho o ano inteiro. Renee Montgomery, Nicky Anosike, Charde Houston, Rashanda McCaints e Candice Wiggins precisaram segurar as pontas, mas não conseguiram chegar aos playoffs, perdendo a posição para o San Antonio Silver Stars. Como a maioria dos times que saíram por baixo na última temporada o time precisou fazer sérias mudanças. A grande movimentação foi a troca de Renee Montgomey por Lindsay Whalen. Até então jogadora do Connecticut Sun, Whalen sentiu saudades de casa e agora faz parte do elenco para esse ano. Um nome de peso (sem ironia, de verdade) e exeperiente que poderá ajudar em muito o time das linces.

Cheryl Reeve continua no comando e conta com duas mãos cheias de talentos individuais para fazer nessa temporada.


New York Liberty:
Se na WNBA existisse a temida zona de rebaixamento, o New York Liberty seria o quarto colocado dela. Mas quem vive de passado é museu, não é mesmo? Ou melhor, o Pelé, como disse Fahel, goleiro do Botafogo. Com esse pensamento o time da cidade da grande maçã começou a mudar da base: a técnica principal. Anne Donovan, que havia chegado como assistente técnica, foi anunciada tecnica principal poucas semanas depois. E se vocês acham que isso é uma mudança e tanto o melhor ainda estava por vir. Taj McWilliams-Franklin (ex Detroit Shock (falido) chegou para ajudar a festa e no Dispersal Draft do Sacramento Monarchs a franquia tinha a primeira posição e escolheu Nicole Powell, a matadora de três pontos (quem esteve no All Star Game que o diga...). As novidades estavam boas, mas HÁ! TE PEGUEI, disse a diretoria do New York Liberty para quem achava que havia acabado. Em uma troca envolvendo três times e de enrolar os neurônios o Liberty perdeu Shameka Christon e Cathrine Kraayeveld, mas não ganhou pouco. Cappie Pondexter, o nome principal da troca, agora defenderá a camisa azul e braca na WNBA. Deu tchau ao Phoenix Mercury e retornou a região que se foromou (Rutgers - New Jersey). Além das excelentes novidades o time ainda conta com Janel McCarville, Sidney Spencer e Essence Carson. As coadjuvantes não deixam a desejar: Kia Vaughn, Tiffany Jackson e Leilane Mitchel. Com colocações boas no draft, o New York também conta com as novatas Kalana Greene e April Phillips.

O New York Liberty é o maior exemplo do esforço que as franquias têm mostrado para dar uma qualidade melhor ao time e a Liga.


Phoenix Mercury:
Atual campeão da WNBA, bi-campeão da WNBA. O que melhorar em um time onde que tudo dá certo? Já diz a frase: "em time que está ganhando não se mexe!" Na temporada passada o time do Arizona tinha a obrigação de apagar a vergonha que foi o ano de 2008. Apagaram, e da melhor maneira possível. Calaram a boca de muitas pessoas, inclusive a minha, que o julgou pelo início ruim na temporada. "RUN 'N GUNS, GUYS, RUN 'N GUYS!" - Essa tem sido a filosofia do Phoenix Mercury, herança do irmão Phoenix Suns. Atacar, atacar e... defesa? É importante lembrar que a temporada passada foi marcada por lesões em jogadoras fundamentais e baixas em times decisivos. O Phoenix tem um ataque espetacular, mas ainda precisam aperfeiçoar a defesa. Apesar de terem perdido Cappie Pondexter ganharam Candice Dupree que era peça principal no Chicago Sky. Além dessa troca e da novata Taylor Lilley, o time contiua o mesmo. Diana Taurasi e Penny Taylor puxam a carroça com força total. DeWanna Bonner, que ganhou um campeonato em seu primeiro ano como profissional, continua no time agora com mais experiência. Temeka Johnson, Ketia Swanier, Tangela Smith, Brooke Smith, Nicole Ohlde e Sequoia Holmes estão na lista, assim como estavam na vitória que garantiu o troféu de campeão.

A qualidade do time é inegável. Um único nome nesse time deixa qualquer outro GM com água boca por uma negociação bilionária: Diana Taurasi. Essa jogadora consegue fazer basquete parecer fácil. Em suas próprias palavras: "quando um enterrada valer três pontos, vou começar a fazê-la", e para ser bem honesta não duvido. É só ir no Youtube e digitar 'Diana Taurasi' que suas jogadas espetaculares aparecerão e farão qualquer atleta do mini-mirim ir para a quadra treinar arremessos de três de qualquer ponto da quadra. Não apenas arremessos de três, mas também malabarismos em direção a cesta. É, ela não faz bandeja, brinca de ir pra cima da cesta, fazer dois pontos e ainda ganhar lance livre. Diana Taurasi é um mito. Desculpem-me os fãs da Candace Parker, mas na minha lista ela ocupa o segundo lugar entre as melhores jogadoras de basquete do mundo (explicitamente todos sabem que Becky Hammon tem o primeiro lugar). Paro aqui de falar da Dee, como é carinhosamente chamada, senão perco a hora para o trabalho hoje cedo. Só mais uma acréscimo: a atual MVP da WNBA se chama Diana Taurasi. Just for the record...

O técnico Corey Gaines deve estar atento às mudanças dos times restantes na Liga e reforçar a defesa. Esse ano o jogo vai ser mais duro para todos os times.


Aindam faltam quatro times. Não sei ao certo se conseguirei falar sobre eles até a abertura hoje. San Antonio, Seattle, Tulsa e Washington são times importantes, mas quero dar destaque ao Tulsa Shock, novo componente da WNBA.

Infelizmente meus compromissos pessoais não me permitem permanecer em tempo integral aqui. Quem sabe isso não muda um dia? rs

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Fiquem com Deus!

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